Jan 04, 2024 | Comentários
Ao todo, R$ 32 bilhões de dívidas já foram renegociadas.
O programa Desenrola Brasil finalizou o ano de 2023 com 11,2 milhões de participantes, resultando na renegociação de R$ 32,89 bilhões em dívidas, conforme dados do Ministério da Fazenda.
A faixa 1 engloba pessoas físicas com renda bruta mensal de até dois salários mínimos, renegociando dívidas de até R$ 5 mil. Já a faixa 2 abrange indivíduos com renda mensal de até R$ 20 mil, cujas dívidas foram inscritas entre 2019 e 2022.
O programa permite o parcelamento de dívidas em até 60 meses, com prestação mínima de R$ 50 e taxa de juros de 1,99% ao mês. São oferecidos descontos de até 90% para pagamentos à vista e 85% para quitações parceladas.
A plataforma do Desenrola Brasil possibilita consolidar todas as dívidas, financiando-as junto a um banco e facilitando o parcelamento do valor negociado.
Quem necessitar de auxílio para utilizar essa ferramenta pode buscar orientação em agências do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e outros bancos, onde funcionários capacitados estão disponíveis para ajudar os interessados no programa.
Endividamento dos brasileiros
Apesar das estatísticas oficiais, a maioria dos brasileiros endividados ainda enfrenta desafios para compreender o programa. Apesar de terem conhecimento sobre o Desenrola Brasil, a maioria desconhece se suas dívidas podem ser contempladas na renegociação. Esse aspecto foi destacado em uma pesquisa recente do Instituto Locomotiva, que analisou a percepção da população em relação ao projeto do governo federal.
O estudo, realizado em todo o país, indicou que 59% dos inadimplentes têm conhecimento do programa, mas apenas superficialmente. Além disso, 57% não têm certeza se suas dívidas estão inclusas na possibilidade de renegociação do Desenrola. Apenas 28% dos entrevistados afirmaram ter dívidas que já foram ou podem ser renegociadas.
A pesquisa também revelou que 85% dos inadimplentes pretendem negociar suas dívidas no programa, enquanto 11% já realizaram acordos.
Quanto ao perfil dos brasileiros inadimplentes, o estudo apontou que 77% dos lares têm dívidas, sendo que 30% possuem alguma dívida em atraso. O cartão de crédito é apontado como o principal responsável por 60% das dívidas, representando um aumento em relação a 2022 (56%) e ao ano anterior (49%).
Em relação às fontes de inadimplência, atrasos em pagamentos de empréstimos bancários e financeiras ocupam a segunda posição, com 43% dos entrevistados relatando esse tipo de dívida. Houve uma queda de três pontos percentuais em comparação ao ano anterior.
Fonte: Portal Contábeis