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Síndrome de Burnout: entenda sobre a doença que atinge 1 a cada 3 trabalhadores no Brasil

Ago 08, 2022 | Comentários

Cuidar da saúde mental das equipes deixou de ser um diferencial e passou a ser obrigação dos empreendedores que querem manter bons resultados e funcionários felizes.

A Síndrome de Burnout, também chamada somente como burnout, é uma condição que foi reconhecida como doença ocupacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no começo deste ano, entrando na lista de enfermidades e estatísticas de saúde que devem estar em evidência e recorrência nos próximos anos.

Atualmente, já existem motivos de sobra para chamar a atenção das empresas e dos trabalhadores sobre o que é burnout e como a doença afeta as pessoas.

O burnout já afeta 32% da população economicamente ativa. No Brasil, especificamente, o distúrbio está presente em 1 a cada 3 profissionais.

Além de alarmante, a estatística mostra que é hora de dar a devida atenção aos sintomas do burnout e às melhores práticas para combater, abertamente, o problema.

O que é burnout?

Para explicar sobre o tema, a consultoria Robert Half entrevistou o CEO e fundador do Zenklub, Rui Brandão, que começa analisando o burnout como um “estado de esgotamento nervoso — físico e mental — derivado de condições profissionais”.

O CEO também destaca que a condição não acontece da noite para o dia, mas evolui através de três estágios bem definidos:

Estágio 1: sobrecarga, com um sentimento constante de cansaço, frustração e estresse;

Estágio 2: evolui a partir do acúmulo dos sintomas acima, causando a mudança de comportamento e hábitos (como alteração no sono, no apetite e no aspecto emocional);

Estágio 3: é a somatização dos quadros acima, gerando a exaustão física e mental.

O que pode causar a síndrome de burnout?

Vale ficar de olho, contudo, que a síndrome de burnout se sustenta por meio da cronicidade desses sintomas. Não se deve confundir com um caso pontual de estresse, por exemplo.

Daí, a importância em analisar a situação e as circunstâncias em torno da angústia sentida. Porque a somatória de frustrações, relações conflituosas, falta de perspectiva e toxicidade no ambiente de trabalho podem evoluir para esse esgotamento de maneira gradual.

E não pense que isso é difícil de acontecer. Uma recente pesquisa da Robert Half apontou que 49% dos recrutadores ouvidos acreditam que as pessoas vão ficar mais propensas ao burnout ao longo do segundo semestre de 2022. Entre os fatores para isso, esses foram os mais citados:

  • incertezas;
  • cansaço;
  • estresse;
  • retomada para o escritório;
  • incertezas na carreira.

Como enfrentar o problema e resolvê-lo?

Em geral, mudanças podem gerar estresse. A própria volta do home office para o presencial já é um grande exemplo disso. É até por isso que a Branch Manager da Robert Half, Érika Moraes, alerta para a importância de alocar as pessoas nos locais certos. 

Ou seja: torná-las mais confortáveis em suas áreas e ambientes que melhor se alinhem aos seus perfis, objetivos e necessidades.

Além disso, outras ações podem ser idealizadas para combater o burnout nas empresas. Estratégias para despressurizar o estado emocional e aliviar o estresse na rotina é uma delas.

Também a consideração pela melhor forma de trabalho, entre híbrida, presencial e remota, e a otimização do fluxo de trabalho. Isso tende a reduzir o retrabalho, a pressão de gestores e a frustração de refazer as tarefas ou mesmo de sempre entrar em conflitos desnecessariamente.

E reconhecimento: chega de empresas que cobram, extraem e criticam, mas não oferecem nada em retorno além do que está previsto no contrato de trabalho.

Como o burnout afeta as empresas?

O impacto emocional e físico é nítido nos profissionais que sofrem de burnout, e isso afeta, portanto, diretamente a rotina da empresa com uma capacidade reduzida de produção, com problemas de relacionamento, com a gestão de tempo, com os resultados, com o alcance de metas.

Por isso, cuidar da saúde emocional dos colaboradores não é mais um luxo ou diferencial para organizações diferenciadas — mas uma necessidade. 

Fonte: Portal Contábeis - Com informações Robert Half e Zenklub

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