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6 dicas de como melhorar sua Inteligência Emocional no trabalho

Abr 07, 2022 | Comentários

Segredo para desenvolver competência é deixar de lado comportamento "robótico", diz especialista

Algumas empresas já ensaiavam a transformação digital há alguns anos mas, com a eclosão da pandemia de covid-19, mesmo as corporações que não aspiravam por essa mudança de paradigma se viram obrigadas a "virar a chave". Com isso, os líderes assumiram a responsabilidade como agentes dessa mudança nas companhias.

"Embora muitos acreditem que a transformação foi impulsionada na pandemia pelo uso de plataformas para reuniões, aulas e treinamentos, ou seja pela tecnologia, a verdadeira 'revolução' foi, na verdade, proporcionada pela ação humana e pela mudança de comportamento. Isso porque os gestores tiveram que aprender a liderar seus times de maneira remota e a negociar novos formatos de reuniões e entregas", avalia a especialista em desenvolvimento humano Susanne Andrade.

Autora do livro "Líder Protagonista" (Editora Gente), com lançamento previsto para abril, ela comenta que as equipes passaram a lançar mão da empatia e da colaboração necessárias para que os resultados fossem alcançados. "E, acima de tudo, passamos a 'entrar nas casas das pessoas' e a permitir que os outros 'entrassem nos nossos lares', levando a uma quebra de formalidades e mais descontração até mesmo nas vestimentas, o que levou mais humanidade ao ambiente corporativo", acrescenta a Andrade, que já escreveu best-sellers como "O Poder da Simplicidade no Mundo Ágil".

Em sua visão, essa nova forma de atuar já fazia parte das startups, que viraram "unicórnios" com crescimento exponencial de forma digital. "Esse é o segredo ao qual as grandes empresas vêm recorrendo para a sua transformação, que só é possível por meio do desenvolvimento de novas habilidades, as soft skills, adotando um novo mindset", pondera a especialista.

Inteligência Artificial (IA) x Inteligência Emocional (IE)

Nesse contexto, não é difícil notar que, no mundo corporativo de hoje, só a Inteligência Artificial não basta; é necessário o equilíbrio entre a IA e a Inteligência Emocional. Isso porque, para exercer o seu papel de forma efetiva, o líder protagonista, conforme Andrade, precisa que suas soft skills estejam bem desenvolvidas.

Mas quem são exatamente os líderes protagonistas? A especialista explica que se trata de gestores e não-gestores, profissionais com uma nova atitude em um mundo cada vez mais ágil, que assumem a responsabilidade por sua trajetória de vida e carreira, contribuindo assim para mudar o mundo. "Para esses, haverá sempre lugar no mercado de trabalho, mesmo diante de profissões que deixarão de existir. Eles se reinventam, especialmente pelo fato de desenvolverem suas soft skills - como são chamadas as habilidades não-técnicas e comportamentais", diz.

Em "Líder Protagonista", Andrade ressalta que o profissional não deve temer a transformação digital. "A IA não é 'inimiga', mas sim uma aliada, quando se está de fato preparado para isso. Algumas profissões deixarão de existir, mas a evolução tecnológica demandará a criação de várias outras. Na verdade, os profissionais, estão com uma grande oportunidade de deixar a máquina fazer o trabalho dela (IA), deixando com que nós finalmente possamos atuar com o que nos cabe", avalia.

Para isso, de acordo com a escritora, é preciso sair do modo "trabalhar feito robô de maneira repetitiva e maçante" para o modo "trabalhar de maneira consciente e com propósito definido". "O erro é tentar tornar-se uma 'máquina' para competir com a IA, que foi criada para nos servir e facilitar a nossa vida, potencializando os resultados. Sendo assim, o desenvolvimento da Inteligência Emocional deve partir de cada profissional como indivíduo", orienta Andrade.

De fato, a IE foi considerada, no recente estudo Global Talent Report, do LinkedIn, uma das habilidades mais desejadas pelas empresas, ao lado de adaptabilidade, colaboração, criatividade, inovação e persuasão. Outras pesquisas já atestaram que essa competência exerce impacto decisivo no clima organizacional, na cultura e na produtividade das equipes.

Andrade lista abaixo 6 dicas para você praticar e potencializar sua IE no trabalho:

  • Desenvolver a autoconsciência a partir do autoconhecimento de suas habilidades e pontos a serem desenvolvidos;
  • Realizar o autogerenciamento de suas emoções, cultivando uma visão positiva para realizações;
  • Praticar a empatia como uma nova consciência social e do contexto onde você está inserido na organização, com uma comunicação clara e transparente;
  • Fazer o gerenciamento de suas relações com o mundo;
  • Trabalhar em equipe, flexibilizando para saber conviver, lidar com conflitos e influenciar as pessoas;
  • Liderar de maneira inspiradora, buscando ser exemplo para outras pessoas.

Segundo a especialista, essas novas atitudes levam a uma maior realização profissional e pessoal e a uma existência mais plena e alinhada ao contexto do mundo corporativo de hoje. "A chave para isso é deixar de lado o comportamento 'robótico' e o cumprimento de tarefas repetitivas, o "apertar botão", e focar no desenvolvimento e no uso das habilidades humanas. Você é humano, e esse é o seu grande diferencial na transformação digital", conclui.

Fonte: Portal Administradores.com - Redação 

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