Mai 19, 2021 | Comentários
Fase atual, que permite o funcionamento de estabelecimentos até 21h, será prorrogada até o dia 31 de maio, mas terá aumento da permissão de ocupação de 30% para 40%.
O governo de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (19) que o estado terá nova flexibilização da quarentena contra o coronavírus a partir do dia 1º de junho, com ampliação do horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais até 22h.
O estado de São Paulo está, desde 18 de abril, na chamada “fase de transição” do Plano São Paulo, que regula o funcionamento dos setores da economia.
Esta fase, criada para representar uma etapa transitória da fase emergencial, a mais rigorosa da quarentena, não considera os índices da pandemia no estado, e foi flexibilizada em diversas ocasiões. Se os indicadores fossem analisados, a maior parte da população do estado estaria na chamada fase vermelha.
No dia 7 de maio, a gestão João Doria (PSDB) já havia relaxado as regras para permitir funcionamento de comércio e serviços até 21h e a capacidade dos estabelecimentos para 30% de ocupação.
Nesta segunda, a capacidade dos estabelecimentos foi ampliada para 40% na fase de transição. (Veja na tabela abaixo).
"Nós estamos agora mantendo esse modelo de atividades com o toque de recolher das 21h às 5h da manhã, com uma expansão da ocupação para 40%. Foi o pedido de muitos estabelecimentos comerciais pra que possam continuar funcionando", afirmou a secretária de Desenvolvimento Econômico Patrícia Ellen.
Segundo o governo, a ampliação do horário de funcionamento até 22h, a partir de 1º de junho, valerá para todos os setores comerciais, atividades religiosas, serviços em geral, restaurantes, salões de beleza, atividades culturais, eventos sociais culturais e academias.
Nesta segunda, também foi anunciada a vacinação contra Covid-19 para pessoas sem comorbidades de 55 e 59 anos e de profissionais da educação a partir de julho.
'Eventos piloto'
A secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Helen, também anunciou a ampliação da testagem rápida por meio de antígenos, que avalia se a pessoa já teve contato com a Covid-19, com o objetivo de realizar "eventos piloto" no estado.
“A partir da semana que vem ter essa estratégia de testagens rápidas, junto com eventos piloto, pra que esses testes sejam realizados e a população que participe desses eventos seja monitorada nas duas semanas seguintes”, disse.
Indicadores da epidemia
O estado de São Paulo chegou nesta quarta-feira (19) ao total de 105.852 mortes por Covid-19 e 3.129.412 casos confirmados da doença.
A média móvel de novas mortes, que considera os registros dos últimos sete dias, é de 499 óbitos diários nesta quarta. O valor é 10% menor do que o registrado há 14 dias, o que para os especialistas indica tendência de estabilidade da epidemia.
Embora a média móvel de mortes esteja menor que a registrada no pico da doença de abril, o valor ainda é muito superior ao registrado no pior momento de 2020, quando a maior média móvel foi de 289. O estado continua com número de mortes estabilizado em patamar considerado muito alto.
O número de novas internações pela doença também parou de cair, o que pode indicar novo aumento de mortes nos próximos dias.
A taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em toda a rede hospitalar são de 79% no estado e 76,9% na Grande São Paulo. Levantamento realizado em hospitais privados, no entanto, já aponta ocupação acima de 80% na rede privada.
"Nós estamos cientes que estamos com números em patamares ainda elevados, estamos cientes que ainda vamos conviver mais alguns dias com números elevados, tanto em números de internações, quanto número de óbitos e número de casos. [...] Para depois de 3, 4 semanas nós experimentarmos uma redução pelo efeito da vacina", afirmou o coordenador executivo do Centro de Contingência, João Gabbardo.
Fonte: Portal G1 SP